30.12.07

Pocinhos - PB

Eu não sei bem qual a minha opnião sobre cidades pequenas. Elas são.... pequenas! Todo mundo se conhece. É tudo tão limitado. Se você quiser ir pra outra cidade tem que fazer praticamente uma viagem. As casas são todas parecidas, as ruas calçadas, as pessoas sentam na praça sem medo de nada e tem moto pra todo lado. Em algumas nem sinal de celular tem. Esse é o caso daqui. Eu estou no meio da Paraíba, numa cidade chamada Pocinhos, cidade da minha mãe. Ela nasceu num vilarejo aqui perto. E ficou aqui até resolver ir pra Brasília. Aí a gente tem que vim pra cá visitar não sei quantos mil parentes dela, gente que eu nunca vi na vida e que fica "nossa, já tá uma moça ein!". Mas é isso, logo a gente vai pro litoral e é isso que me anima. Vou poder matar a saudade que eu tô do mar!

15.12.07

Títulos pra textos sem nexo também são dificílimos.

Eu nunca sei o que fazer quando a vontade de escrever é maior do que a inspiração. Sim, inspiração. Quando eu começo a escrever sem ter nenhuma idéia significa texto parado na metade. Geralmente eu pego um bloquinho que eu tenho e começo a despejar os pensamentos, pra aliviar a vontade. Só não serve pra ler esse bloco depois, é tanto assunto e pensamentos perdidos que nem eu entendo mais. Alguns até dão boas idéias depois, mas só alguns. Eu sempre tive mania de escrever, desde pequena, eu sempre me recusei a dizer que tinha diários, dizia que eram pensamentos e sentimentos escritos, mas nunca diários, credo, coisa de menininha. Escrevia quando eu sentia raiva dos meus pais por algum motivo bobo. Escrevia quando ficava triste porque o 'cara da minha vida' não queria ficar comigo. Fazia um drama danado, com tudo. Mas foi aí que eu comecei, das bobeiras do dia a dia. Hoje eu não escrevo mais em diários. Perdi a vergonha (ou um pouco dela) de mostrar o que eu escrevo pros outros. Não sinto mais medo das pessoas não gostarem, até porque se não gostarem, param de ler e pronto. Eu realmente nunca sei o que fazer quando a vontade de escrever é maior do que a inspiração. Faço textos como esse: bobos e sem importância. Desculpas a quem se prestou a lê-lo. É que eu precisava despejar umas palavras sobre qualquer coisa.

Oi. Te amo.


Ela respirou fundo, foi na direção dele, parou e lhe disse:
_ Oi. Te amo.

Ouve um silêncio assombroso. Ela continuou:
_ Ai, Meu Deus. Tudo bem, te assustei, né?! Você nem me conhece. Me nome é Rita e eu te amo. Amo há 2 meses quando te vi passando na porta do ônibus. Você estava com aquela blusa xadrez que só não é mais bonita que a verde listrada que você usa de vez em quando. Desde aquele dia tudo que eu acreditava sobre a vida, o mundo e tudo mais se dissipou. Umas cores novas começaram a aparecer, não sei explicar, mas o mundo ficou tão mais lindo. E foi ficando cada vez mais, a cada vez que eu te via na parada fazendo sinal pro motorista parar, nas segundas, quartas e sextas. Como eu descia antes nunca soube pra onde você ia, até hoje que resolvi te seguir. Enchi o peito de coragem e vim aqui te dizer que te amo. Amo seu cabelo, principalmente quando você não penteia, amo o jeito que você limpa seu óculos na blusa e amo todos os seus pares de tênis, mas em especial o All Star branco de couro que cai muito bem com a bermuda jeans. Bem, é isso, te amo. Faz um mês que eu penso em como te dizer isso sem paracer uma completa idiota. Desculpa se foi exatamente essa a impressão que você teve. Mas, de qualquer forma, toma um sorvete comigo?

Ele, encantado com o modo agressivamente doce que Rita jogou os sentimentos dela por ele, disse sem pensar em outra resposta possível:
_ Claro, Rita.

10.12.07

Gosto. Desgosto.

É tão estranho gostar.
Já gostei e desgostei e gostei de novo um milhão de vezes.
Gostei de meninos, de vários meninos. Uns mais, outros menos. Gostei cegamente na maioria das vezes. Gostei, inclusive, sem gostarem de mim. Gostei mais do que deveria gostar e até mais do que alguns mereciam.
Gostei tanto que um dia parei de gostar, assim de repente. E já não me fez mais falta, nem o desprezo de uns, nem o carinho de outros. Só restou a lembrança pra alguns, a saudade pra poucos e o esquecimento pra muitos deles.
Gostei de músicas e filmes que não têm a mínima graça hoje.
Gostei de pessoas que nem me lembro mais.
Gostei de doces, de lugares, de festas, de sonhos, de coisas, de imagens, de sons.... Gostei de coisas demais.
Mas hoje eu gosto de outras coisas, de outras pessoas em outros lugares, de outros filmes com outras músicas e outras danças.
É estranho demais gostar. Momentâneamente gostar. Essa coisa de doido, que a gente gosta e já não gosta mais. É estranho demais. Assustador demais.

7.12.07

Saudade.

Hoje a saudade foi mil vezes maior. Sem nenhum motivo especial, não por datas ou por lugares, até porque você está em todos os lugares e todos os meus dias são seus.
Hoje só de pensar em ti eu choro. O dia mais saudoso entre os 7 que já se passaram e talvez o menos entre os tantos dias que virão.
Se você soubesse como é ruim não te ter por perto, meu bem!