24.2.08

Comodismo [nada] Revoltante.

_ Eu não suporto mais, sabia?
_ Não suporta o que, mulhé?
_ Ah... tudo!
_ Nossa, você é tão específica, ein!
_ Você sabe, caramba! A vida, o mundo, as pessoas; sei lá, cansei!
_ Assim, cansou e pronto?
_ É!
_ Tá, mas o que você pretende fazer quanto a isso?
_ Não sei ainda.
_ Ah, sejamos realistas! Você não fará nada.
_ É, provavelmente!
_ He, foi o que pensei.

22.2.08

Reorganizar.

A sutíl expectativa de antes já virou agora. Um agora bem desorganizado, diga de passagem. O início das coisas sempre é meio turbulento, ao menos pra mim. É quando você dá de cara com tudo aquilo que você idealizou, podendo ficar ou não satisfeito. Me sinto meia perdida. Tanto física como mentalmente: mudança de bloco, matérias específicas; não mais a mamata de 1º semestre. O que eu preciso é me organizar. Conciliar novidades à velhos hábitos e prazeres. Porque se não, meu amigo, eu vou acabar é não aproveitando nenhum dos dois!

15.2.08

Vento de Saudade.

De vez em quanto bate um vento que vem de longe. Um vento de saudade. Que sopra nos olhos e os fazem lacrimejar. E com ele vem um vento de lembranças. Que mexe com o agora, mesmo que tenha acabado antes. Lembranças de momentos bons, porque os momentos ruins a gente esquece. Aí dá uma vontade de dar um pulinho lá no passado só pra matar, sem dó, essa saudade. Ou às vezes até ficar por lá mesmo. Mas ficando por lá, bateria uma saudade do futuro. O que daria uma confusão danada! Por isso é melhor só fazer uma visitinha mesmo. Como se fosse possível isso de ir e voltar no tempo quando bem se entende! O máximo que podemos fazer é deixar pra lá. E esperar esse vento passar.

14.2.08

A Grande Farça.

Eu sempre tentei não me importar, ou parecer não me importar com as coisas.
Sempre fingi estar tudo bem. Não pra mostrar pros outros, mas pra mim mesma. Pra tudo estar em paz na minha vida. Nenhuma anormalidade. Nada fora do lugar.
Sempre fingi aceitar muito bem o fato dos meus pais terem, ou acharem que têm, um poder absoluto sobre minha liberdade.
Sempre fingi não ligar muito por ter poucos amigos, e ver os poucos se afastarem. Finjo que não dói quando eles desmarcam ou não fazem questão.
Sempre fingi não detestar o suficiente certas pessoas a ponto de não aceitar determinadas coisas.
Sempre fingi.
Fingi tanto que acreditei não me importar.
E acreditando nisso perdi uma parte de mim. Uma parte determinante que me faz querer as coisas, cuidar das coisas que quero, além de qualquer impossibilidade que exista.
Mas hoje, sei lá, eu cansei! Chega de fingir pra manter tudo bem.
Antes uma vida completamente turbulenta do que essa falsa e mentirosa harmonia.