13.8.10

Irrealidade.

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Faltam 20 minutos para o meio dia. Há pouco eu ainda estava na cama. Rolava de um lado para o outro, tentando distinguir a realidade do sonho. Não importava, ambos tinham um peso enorme sobre mim, como um fardo. Não consigo entender o porquê.

Dormi às 3 horas da madrugada, uma coisa incomum. Mas tive uma razão: li metade de um livro como quem precisa prever o futuro, os próximos acontecimentos. Quando percebi estava no epílogo, descobrindo as razões do personagem para agir de forma tão apaixonada e ao mesmo tempo abdicar dessa paixão, como se fosse um ser superior aos outros. É o tipo de história que não tem lugar na vida real. Uma pena.

Por causa da alta dose do romance inserida no meu cérebro, acordei narrando meu dia. Ri de mim mesma ao perceber isso. Eu gosto de narrativas. Fico imaginando como colocaria no papel tudo que acontece ao redor.

Hoje é Dia do Pensamento. Portanto, tenho liberdade para imaginar o que quiser. Devo fazer isso para comemorar a data. Pensar me faz flutuar entre as mais absurdas idéias, mas o peso do dia me faz fincar os pés no chão. Hoje, eu não queria estar presa a esse mundo.

Não sei ao certo, mas acho que ainda estou sonhando. O dia está muito irreal para ser realidade.

2.8.10

Segunda incomum.

É segunda-feira e, como de praxe, luto contra meu corpo e minha mente para levantar da cama. Logo traço a segunda batalha, dessa vez contra o tempo. Atrasos não são muito apreciados nesse mundo.

Entro no carro, ligo o som e por acaso ouço: “Esse é só o começo do fim da nossa vida. Deixa chegar o sonho, prepara uma avenida que a gente vai passar”.

Depois disso, esqueço que é segunda-feira. Driblo engarrafamentos sem notar. Nem me irrito com os mal-humorados que deixam a educação em casa e sigo em frente, sem pesar.

É segunda-feira e estou bem. O dia só começou, que sorte!