31.12.11

Adeus, 2011.

Eu estava pensando no que escrever sobre 2011. Foi um ano confuso. Não consegui chegar a conclusão se foi de fato um bom ano. Não foi o melhor. Mas teve um dos melhores momentos da minha vida. E quer saber, me diverti um monte. Sofri um monte também, mas olha só eu inteira aqui, de pé como deve ser.

Começou com um mês que mudou tudo. Erros e acertos. O velho e o novo. Eu ainda estava na faculdade (parece que faz tanto tempo). Pesquisei meses para a monografia. Enrolei. Escrevi-a em duas semanas. Fui aprovada com nota máxima por professores que realmente considero importantes. Me formei em Jornalismo. Caramba! Eu me formei! Antes disso, estagiei na Câmara e saí de lá por uma escolha ruim para um lugar que não gostei muito. A gente não pode prever as coisas. Uma pena. O estágio acabou, fui fazer cursinho pro concurso da EBC. Não passei. Não estudei como deveria ter estudado também. Mas perdi alguns fins de semana assim. Na verdade, não foi perda, prefiro pensar assim.

Viajei pro Rio à toa com o Rafa. Foi ótimo e definiu muita coisa. Passei um longo período em casa, sem emprego, sem dinheiro. Coloquei minha expectativa no show do Pearl Jam. Apostei na felicidade certa. Meu Deus, como eu fui feliz no Rio de Janeiro. Chorei em Better Man. Sorri em todas as outras. Eu não acreditava que estava ali, no meio daquela cena que faria parte do resto da minha vida. Meu Deus, como eu fui feliz! Me diverti na praia de um jeito diferente, com gente de sempre, com gente que está na minha vida há tanto e vai permanecer lá por tanto também. Voltei pra casa com vontade de ir embora. Briguei com minha cidade, ela não me queria, nem eu a ela. Comprei ingressos pro próximo show da minha vida, mas esse fica pra 2012.

Tanta gente boa. Algumas decepcionantes. Amei durante todo o ano. Achei que tinha deixado de me apaixonar, mas errei. Continuo aqui, com o coração entregue, tentando mantê-lo inteiro, fortalecê-lo. Se estou fazendo as escolhas certas? Talvez sim, talvez não. Mas estou tentando ser mais moderada desta vez, mais cuidadosa, mais delicada. Coisa que o ano não foi comigo, foi bruto, feito uma montanha-russa. Oscilando entre intensas emoções boas e ruins. Ano safado!

Mas sabe o que mais importou nisso tudo? As pessoas. Eu não sou muito de pessoas, confesso! Me sinto por fora do mundo às vezes. Mas sem algumas delas, seria o mesmo que nada. A essas eu agradeço pelos 365 dias. Em alguns eu estive sozinha, mas aliava saber que eu teria companhia de quem gosto nos dias seguintes. E aí, eu tinha a garantia de que tudo ficaria melhor.

Pro ano que vem, nenhuma promessa. Juro que não tenho promessas! Só a expectativa de ser melhor, uma pessoa melhor, sempre!

28.12.11

Guarde esse amor.

Livre Como Um Deus by Nando Reis on Grooveshark 

 A vida anda confusa. Ela tem que fazer escolhas que não se sente apta a fazer. Escolhas pro resto da vida, quando ainda se sente uma criança brincando de faz de conta. "Ah, se a vida fosse só um faz de conta", ela pensa.

E como ela pensa. A cada segundo ela reflete sobre o que pensou há um segundo atrás. Talvez, o certo fosse não pensar tanto assim, agir com o que se sente e ponto. Talvez, não. Ela sente falta de alguém que diga pra ela fazer isso, ou aquilo. Ela não é mais a criança que se sente. É totalmente responsável pelos próprios atos. Ela vai responder pelo que venha a acontecer depois.

Isto é o problema: o medo de errar. E, às vezes, ela sente que está sempre errando. Cada escolha errada constrói mais um caminho doloroso. E ela não quer mais dor. Ferida sobre ferida. O coração arde. Parece estar queimando. Ela mesma colocou fogo, no lugar errado. Se ninguém pode escolher por ela, sente falta de um bom conselho, daqueles que esclarecem todas as dúvidas. Ela ouve dos amigos o que o próprio pensamento já a alertou. Ouve, fala, reflete, não sai do lugar.

Mas a vida não espera. A vida não tem pena, nem coração. Ela simplesmente segue no tempo. E o tempo pode ser cruel. Mas também pode ser renovador. E assim, ela escolhe sem escolher, aposta no acaso, na sorte, que outrora foram tão solidários com ela. No amor também! Ela aposta no amor. É nele que ela se apóia. No amor mais forte do que o tempo, do que a dor, do que a vida. Maior que a vida. Se o amor é tão grande assim, é ele que vai dar as cartas.

Por enquanto, ela segue cuidando do coração, preparando o peito. O medo de estar errando sempre por perto, mas a vontade de acertar também!

"Erros e acertos são filhos do mesmo pai"

26.12.11

Da distração.

Ela pega o rumo, a trilha, e segue.
Mas lá pelo meio do caminho, se depara com uma distração.
Muda de direção. Se perde.
Sem bússola, anda em círculos.
Presta atenção, menina. Uma hora dessas você chega onde não quer chegar.

22.12.11

O que se passa?

Não sei o que se passa.
Na verdade, não é algo que passa. É algo que fica. Insistentemente fica.
Eu não quero mais lutar.
Acho que vou me render. Será?

17.12.11

Quase sempre.

Quase sempre, me sinto só.
A sensação é a de que o mundo conspira contra mim.
Paranoia ou não, verdade ou não, a sensação é bem real.
Fico aqui, comigo, cuidando das virtudes que só eu noto.
É assim, quase sempre.

11.12.11

Mania de explicação - Adriana Falcão

9.12.11

Saudade.

(os textos pela metade não são suficientes pra você entender a falta que me faz).

4.12.11

Sobre te amar.

Seu cheiro já faz parte da minha pele. Há muito tempo até, mas agora o sinto com mais frequência.
Seu abraço. Eu caibo no seu abraço de um jeito que não caibo em nenhum lugar neste mundo.
Sua falta é gritante. Ela dói em mim como uma ferida recém conquistada. Mesmo estando presente há mais de meses, há mais de um ano.
Você. Como eu amo você.

2.12.11

As pazes.

Ok... às vezes eu faço as pazes com Brasília.
Ontem voltei pra casa com o sol se pondo. Que felicidade de ser daqui.
Hoje, me aparece esse vídeo:



Com Brasília é amor.
filme turismo brasilia from cesar netto on Vimeo.

30.11.11

Do mar.

Às vezes, ouço o som do mar no pensamento. Sinto o cheiro, a brisa. Às vezes, mergulho na lembrança. Passeio de bicicleta na vontade. Caminho na calçada à beira do desejo. A areia nos pés, às vezes sinto, e sinto com força, sinto com a força de quem prevê um futuro querido.

Querido sim, e é duro assumir. A menina do Cerrado cansou do Planalto Central. Ou o Planalto Central cansou dela, não se sabe bem. A questão é que o velho amante que ser esposo e o atual esposo já não faz tanta questão do posto. O relacionamento está complicado.

Meu casamento de 22 anos com Brasília está ruindo, enquanto a paixão pelo litoral pega fogo aqui dentro. São os sussurros ao pé do ouvido, esse som acaba comigo. Se o mar me quiser, é pra lá que vou. E vou com gosto.

Sem dizer adeus.

Sem Dizer Adeus by Moska on Grooveshark


Eu
Chorei até ficar debaixo d'água
Submerso por você
Gritei até perder o ar
Que eu já nem tinha pra sobreviver (Eu andei...)
Eu
Andei até chegar no último lugar
Pisado por alguém
Só pra poder provar
O que era estar depois do final do além (Eu andei...)
E cheguei exatamente onde algum dia
Você disse que partia pra nunca mais voltar
E eu já estava lá a te esperar sem dizer adeus
Eu
Fiquei sozinho até pensar
Que estar sozinho é achar que tem alguém
Já me esqueci do que não fiz
O que farei pra te esquecer também?
Se eu não sei o nome do que sinto
Não tem nome que domine o meu querer
Não vou voltar atrás
O chão sumiu a cada passo que eu dei (Eu andei...)

27.11.11

Você me bagunça.

Você me bagunça by O Teatro Mágico on Grooveshark

Você me bagunça e tumultua tudo em mim
Essa moça ousa, musa, abusa de todo meu sim
Você me bagunça e tumultua tudo em mim
E ainda joga baixo, eu acho, nem sei,
Só sei que foi assim

Assimila, dissimula, afronta, apronta, diz: "carrega-me nos abraços"
Lapida-me a pedra bruta, insulta, assalta-me os textos, os traços
Me desapropria o rumo, o prumo, juro me padeço com você
Me desassossega, rega a alma, roga a calma em minha travessia
Outro "porquê"

Parece que o coração carece e diz: "pára!" Silencia.
Se embrulha e se embaralha,
Reconsiderar o ar, o andar , nossa absolvição, a escuta e a fala
Nos amorizar o dia, fio, corredor, a calçada, o passeio e a sala
Se perder sem se podar e se importar comigo
Aprender você sem te prender comigo

Difícil precisar quanto preciso

25.11.11

Chuva II.

Olha o céu vermelho, chorando mais uma vez.
Não sei quem chora mais, se é ele ou se sou eu.

20.11.11

Eu te amo.

Ops... escapou!

15.11.11

Do casório.


www.wildflowersphotos.com

Eu vou casar com um buquê de girassol na mão. E da igreja pra festa, que vai ser ao ar livre pro pôr do sol ajudar na decoração, vou subir na moto do meu futuro marido. Vai ser um casamento bonito!

14.11.11

Do grito.

Aí surge essa vontade louca de gritar que te amo.

12.11.11

Das reflexões de uma sexta à noite.


Chego em casa, tudo escuro. Fecho a porta do quarto, tiro a roupa e reflito sobre o dia, sobre a vida. Tanta coisa acontecendo e, ao mesmo tempo, não saio do lugar. É como naquelas cenas cinematográficas, quando o mundo se movimenta numa velocidade acelerada e o personagem, por sua vez, fica lá, parado.

Os dias voam, mas ando tão devagar no meio deles que a sensação é a de que não passam. Faço algo pela manhã de um dia qualquer e à tarde tenho a impressão de que o acontecido foi há dois dias.

O tempo nunca caminhou de forma tão irregular na minha vida, a passos largos, em câmera lenta, voando a jato...  Um verdadeiro barco à vela em alto mar, oscilando entre tempestade e calmaria, num período de 24 horas.

E assim sigo. Cama bagunçada, o violão no meu lugar de descanso, roupas no chão. Tento me encontrar nessa zona toda, mas me perco a cada minuto. A vontade é de fugir de mim. Sabe quando você fica muito tempo com uma pessoa e, de repente, não a suporta mais? Então... Tenho passado tempo demais comigo mesma. Preciso de férias, férias de mim.

10.11.11

Do coração.


No meu peito bate um coração sincero. É certo que às vezes mente, às vezes age sem pensar e acaba fazendo besteira. Mas a meta dele é acertar, não perder o compasso, é acertar o fluxo e manter o controle.

Ele é musicado, meu coração. Dança um sambinha nas batidas que ressoam pelo corpo. Quando entra em descompasso, parece jazz. Quando a tristeza bate, toca um choro daqueles bem tristes. Na felicidade, se torna uma virada de bateria de um rock`n`roll.

Esse coração que me controla. Tem nome e dono. Tem preferência pela vida. Composto de amor. Esse coração audacioso, que sempre me deixa sem graça, que corre pro furacão em busca de calmaria. Coração maluco. Sabe o que sente, mas faz questão de manter segredo.

3.11.11

Da batalha contra as formigas.

Há uns meses, vi uma formiga bem grande no meu banheiro. Pensei: "deixa ela.. deve estar perdida". Então, deixei. No outro dia, a formiga voltou. Tenho quase certeza de não ser a mesma, mas não sei porque razão cismei que era. A deixei inteira mais uma vez, comecei até a criar uma certa relação carinhosa com ela. Seguiram-se dias da mesma forma. De repente, minha formiga aparece com duas amigas. "Pô", pensei, "tá começando a abusar!". Mas passou.

No outro dia, tinha uma comunidade de formigas no meu banheiro! Elas estavam em todos os lugares, as malditas! Me senti traída. Aquela primeira formiga devia ser a exploradora. Deve ter pensado: "essa humana aí é inofensiva. Vamos invadir e tomar o território dela". Eu não tinha muito o que fazer. Comecei a matá-las indiscriminadamente. Era chinelada para todos os lados. Eu tinha que defender meu terreno, me entenda!

O pior, é que depois da matança, ao entrar no banheiro, tinha formigas vivas carregando as mortas. Devia ser para o funeral. A data deve ter se tornado feriado no mundo das formigas. 

Fiz isso por mais uma semana, mais ou menos, até que elas foram evacuando o local.

Pra última, eu disse: "Vá, e avise suas amigas que vocês não são bem-vindas nesse banheiro".

Ela foi e nunca mais voltou.

Eu venci. Há!

31.10.11

Invenção.

Ás vezes me pego acreditando na história que você me contou, aceitando o convite, planejando os dias que viriam. Daí, lembro que era tudo uma invenção. Fico com essa sensação estranha de ter vivido outra vida, de ter tido outra história. Parece que perdi algo. E eu perdi, não é?! Nós dois perdemos.

29.10.11

Expectativa vs. Realidade

Mais uma pra ilustrar minha vida.

O combinado.

Segundo o que combinamos, eu deveria estar com você agora. Amanheceríamos juntos na cama que deveria um dia ser nossa. Você me faria um cafuné com suas mãos que já me pertencem. Eu te abraçaria com minhas pernas que já são suas. Riríamos de uma bobagem qualquer. Comeríamos aquele morango com chocolate que gostamos tanto. Seria uma noite linda, recheada de felicidade, daquela que a gente sabe construir tão bem.

No entanto, estou aqui, sozinha, na casa vazia. Estou aqui me conformando com a realidade a qual eu pertenço agora. Ouvindo incessantemente a mesma música que por alguma razão não me sai da cabeça. Tento me livrar dos seus carinhos imaginários, desviar das palavras doces que eu gostaria de ouvir.

A solidão é a única a me fazer companhia hoje. Não foi o que combinamos, mas é o que eu tenho, então tenho que aceitar. Tenho que aceitar não só pra hoje, mas pros dias que se seguem.

Eu deveria conseguir ficar longe de você, mas assim como você não sou a única que descumpre o combinado. 

28.10.11

24.10.11

Ela não consegue se perdoar.

Depois de um sonho ruim, ela acorda com toda a culpa novamente. Pensa e repensa os erros. Se arrepende. Se castiga de novo. Ela não consegue se perdoar.

Cobra força de si. Se força a levantar da cama. Exige de seu corpo vontade para se mover. O céu cinza. O dia gelado. Veste uma roupa quente. Toma um café para aquecer a garganta machucada.

Ela não deu bom dia ao dia. O dia também não fez questão de fazer isso. Os dois estavam com um péssimo humor. Nenhum tinha pedaços de azul no céu. Só a cor cinza e vontade de chover, de botar pra fora as aflições.  

As palavras que leu na noite anterior saltam em sua mente. Novos erros justificados por velhos erros. Que tipo de parâmetro é esse?

Enquanto ele não a perdoa, ela não consegue se perdoar.

Remember me.




Try your best.

15.10.11

Even though, I'm feeling lonely


Even Though - Norah Jones

Something 'bout the way he touched me
Was so slow
The way he put his arms around me
Even though

I'm feeling lonely
I'm feeling lonely

Don't understand the words he said
Made me do wrong
But now there's nothing else in my head
And though it's strong
I wish he'd leave me alone
I wish he'd leave me

Cuz I know
Trouble will follow
But I have to go
I have to go

Cuz I know
Trouble will follow
But I have to go
But I have to go

It makes me think that I don't know me
So unsure
When I remember all the things he showed me
And I want more
I'm feeling lonely
Oh I'm feeling lonely

14.10.11

Abraço de Deus.

Deus se manifesta das formas mais singelas na minha vida. Às vezes é uma brisa no rosto, um céu bonito nos olhos, um cheiro gostoso no nariz, uma música suave nos ouvidos...

Mas uma das formas mais fortes é por meio das pessoas. O carinho, o sorriso, o olhar. Sempre tenho a impressão de que é Deus falando. É Deus presente.

Hoje, Ele me abraçou. Me apertou bem forte nas palavras de um amigo. Me abraçou pra mostrar que eu não estou sozinha, que jamais estarei.

Difícil falar sobre isso. Fico toda sensível. Depois das palavras, chorei feito criança. E só conseguia pensar: "obrigada, Pai".

Deus me abraçou hoje. E foi um dos abraços mais bonitos que já recebi.

10.10.11

Da possibilidade do Amor.

O que faz um homem se ele perde a tranquilidade no peito?
Sem motivo pra prosseguir sem vontade de desistir
O que faz um homem quando tudo na vida perde a importância?
Hoje ou amanhã quando nele não há mais força para resistir

Peça Cartas de Amor                                                  

Oi Raphaela

Ele me chama de Raphaela.
Me dá a sensação de que posso ser alguém diferente, mesmo ainda sendo eu.
Eu gosto disso.

7.10.11

Amor.

Foto: Jéssica Raphaela

E acredito no amor.
Acredito no casamento.
Na vida a dois.
No respeito.
No carinho.
No cuidado.
Eu acredito que tudo pode ser real, sem utopia, sem conto de fadas.
Desde que haja amor.

5.10.11

Do ciclo.

Antes, aperte o play.



Nossa história é cheia de movimentos cíclicos. Alguma coisa aconteceu em um determinado tempo e espaço e criou essa situação trágica na qual tudo se repete, porém cada um em uma posição diferente.

No dia 16 de abril, você ouviu uma música que te disse muita coisa sobre aquele momento. “Sentimentos íntimos colocados em verso por outra pessoa, isso costuma acontecer bastante comigo”, você escreveu. Nisso somos iguais.

Cerca de seis meses depois, após me frustrar por não receber nenhum sinal seu, reli o que você escreveu. Lá estava a canção, falando novamente sobre nós. Mas o personagem dessa vez era eu. “Pouco a pouco fui entendendo a letra, e em cada verso vinha uma situação minha”.

I still press your letters to my lips
And cherish them in parts of me that savor every kiss
I couldn't face a life without your light
But all of that was ripped apart... when you refused to fight.

Da mesma forma que você descreveu, achei incrível ouvir tudo o sinto na voz de outra pessoa. Alguém que nem imagina minha existência.

Você desaparece. Eu sofro. Mas a verdade é que nem me posso dar ao luxo de sofrer por isso mais. Você foi para longe. Não tenho o direito de saber onde está, como está. Sofro toda vez que abro a caixa de e-mail e seu nome não está lá. Sofro quando te vejo dispensar atenção com outros, quando o celular toda e não é você. Sofro por você não estar aqui. Mas sofro sem te perturbar, que é pra colocar um fim nesse ciclo idiota no qual entramos.

So if you love me, let me go
And run away before I know
My heart is just too dark to care
I can't destroy what isn't there
Deliver me into my Fate
If I'm alone I cannot hate
I don't deserve to have you...

4.10.11

Entendi.

Hoje fui explicar o que aconteceu e pela primeira vez, ali, ouvindo da minha própria voz, entendi.

Eu era completa, mas por outra pessoa. De mim mesma faltava uma parte, um pedaço maior, um pedaço essencial. Quando ele levou embora a parte que me mantinha inteira, fiquei perdida. Andei sem saber para onde ir. Em partes soltas, em pedaços.

Aos poucos fui preenchendo o que faltava em mim. Coloquei alegrias, tristezas, força, e fui construindo no espaço vazio, me apoderando de mim. Percebi que fazia mal abrir tanto espaço em mim para outrem. Então, decidi pensar somente em mim.

Só vi o equívoco depois de um tempo. Não é correta uma atitude tão egoísta. Eu tenho que estar completa de mim mesma. Mas, nem por isso devo pensar somente no que eu sinto. O que as outras pessoas sentem também faz parte de mim. Elas me fazem.

Estou perdoando meus pecados, ajustando minha conduta, procurando evoluir sempre. E assim sigo.

Romance.




Sim, eu adoro esse filme. Romance, para quem não sabe. Exatamente essa palavra.

1.10.11

Buraco.


Só sobrou um buraco no mural. Não vai ser preenchido até que eu tenha certeza. 
Acordei com raiva hoje. Eu a odeio. Você deveria saber.

O buraco na parede é só uma representação do vazio que tenho dentro de mim.
Você não está aqui. Mas seu espaço ficou.
Só não sei até quando.

30.9.11


Pra cima.


Olhei para cima sem intenção de ver nada. Lembro de suspirar um suspiro tenso, de quem sabe que ainda tem muito o que aguentar.
Olhei para cima e vi um buraco no teto. Foi como se eu caísse pro alto.
A sensação não foi boa. Saí machucada da queda. Infelizmente, não caí em núvens.

28.9.11


Atrás da porta

Ás vezes, algumas músicas que não ouço há tempos surgem na minha mente.
No meio da tristeza que vivo, as ouço. E dói. E choro.
Dizem tudo sobre mim.

Hoje foi a vez de "Atrás da porta", do Chico, mas na voz da Elis.
Procurei a letra no Google.
Quando terminei de ler "só para mostrar que ainda sou tua", o frio na alma. A sensação do desespero.

Não sou sua guria. Não quero ser nada que não o seu amor.





Tem horas que eu me odeio sem você por perto.

27.9.11

Mariposa.

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Essa vida é muito imprevisível.
Fui dobrar as roupas que minha mãe tirou do varal. Peguei uma blusa e quando a sacudi saiu uma mariposa. Ela ficou alguns minutos no chão parada e finalmente foi em direção à porta, queria a liberdade de novo. Quando chegou na área de serviço, veio um pássaro e... nhac. Já era a mariposa. Coitada.
Imprevisível mesmo essa vida!

26.9.11

Rilke escreve pra mim.

O Rilke escreve pro Pedro:

"O senhor é tão jovem, tem diante de si todo começo, e eu gostaria de te pedir da melhor maneira que posso, meu caro, para ter paciência em relação a tudo que não está resolvido em seu coração".

Então, eu chorei.
Acho que, na verdade, o Rilke escreve isso pra mim.

Chuva.

Claro que choveu.
É o mundo chorando nós dois.

23.9.11

Desejo.

Tenha bons sonhos, sempre.

19.9.11

Eles sabem.


- Eles sabem como eu amo os seus lábios -
                                                                     Nando Reis

17.9.11

Frio.

Não se preocupe com o frio que sinto por fora.
É o frio interno que você deveria aquecer.

16.9.11

Da morte pra vida.

Lembro de pensar que aquilo que eu estava fazendo era suicídio.
Lembro da voz na minha cabeça: "Eu estou me matando. Mas é pra viver de novo"
Viver o novo.
Não vivi.
Às vezes ainda tenho a sensação de estar morrendo aos poucos.

14.9.11

Agora.


A casa vazia. O pensamento cheio. O espaço sonoro tomado por um violino feroz. Eu sozinha. A casa bagunçada. O som do silêncio. A paz que não tenho. Os movimentos do corpo. A alegria inesperada. O calor de sempre. O medo da solidão. A vontade do conforto. A vontade do desconforto. A tristeza súbita. A saudade alta. O descontentamento. A força abalada. Os pensamentos em texto. Os sentimentos no peito. O som do violino. A casa vazia.


9.9.11

Escrevi pra você. Depois de tanto tempo.


Quando você diz que sim, te amo logo de cara.
O seu olhar é claro. Ilumina meus pensamentos, que há pouco andavam no escuro.
É difícil rememorar. As lembranças se misturam nos anos que decorrem. Tantos anos. Tanto tempo. Tanto de nós nesse mundo enorme que é nosso.

Você diz sim e eu coloco o vestido que você tanto gosta. Sei que gosta de qualquer um, desde que minhas pernas fiquem de fora. Desde que deixe evidente a tal sensualidade que você insiste em dizer que tenho e eu insisto em dizer que é puro engano seu. Puro engano de olhos apaixonados.

Ai, seu olhar em mim! É incrível a sensação de se sentir especial para alguém. Os seus olhos me fazem sentir assim. Isso me alimenta a alma.

Mas com você aí longe, com seu olhar distante de mim, fico com o espírito faminto. A fraqueza ataca. O corpo não responde. Nosso enorme mundo fica pequeno pequeno.
Fico sem seu sim.
Você fica sem mim.

A única coisa que fica grande é a saudade. Essa parece que recebeu fermento na receita.

7.9.11

Balões.

Ta aí uma coisa que eu achei bonita.
Fiquei rindo sozinha no carro, igual criança.
Gosto das coisas que me fazem sentir assim!


6.9.11

Das palavras que não saem.


Estou com um monte de palavras presas na garganta.
Mas elas não se manifestam.
Só me sufocam.

5.9.11

Das cartas no lixo.


Ainda acho que cartas de amor nunca deveriam acabar no lixo.
É um pedaço de quem escreve e um pedaço de quem recebe que vai embora.
A falta do pedaço deixa exposto tudo que dói.
E como dói.

5.8.11

No chão. No quarto.

Faz tempo que não sento no chão do quarto e penso sobre a vida. Faz tempo que não mexo em meus papéis, que não releio sentimentos e concluo como a vida dá voltas.

Hoje eu fiz. Aliás, estou aqui, sentada no chão do quarto como fiz durante a adolescência inteira. Esqueci como é bom, como organiza o pensamento. Nem me lembro em que momento parei de fazer isso. Mas faz alguns anos já.

Às vezes penso em como, aos poucos, me torno exatamente aquilo que, quando criança, prometi para mim mesma que nunca seria. Estou me tornando uma daquelas pessoas que eu jurei nunca ser. Nos escritórios, no trânsito, na má vontade, nas contas, no mundo pequeno. Antes eu queria mudar o mundo. Hoje, não consigo nem mudar meus hábitos.

Mas agora, no chão do meu quarto, onde já chorei, já sonhei, já gargalhei tantas vezes, me lembrei um pouco de um monte de coisas que eu sentia.

Música no som, pensamentos soltos no quarto, sentimentos espalhados em papéis.
Gosto disso.
Não vou mais esquecer.




Juro!

31.7.11

Do pai.


Geralmente, os pais é que costumam ter orgulho dos filhos.
No meu caso, morro de orgulho do meu pai.

Parabéns, meu velho!

26.7.11

Amanheci com 22.



*Texto escrito ontem, dia 25 de julho, às 23h20.

O dia nasceu nublado. Torci para que chovesse. Seria um modo de atribuir importância à data. Em meio a seca, uma chuva. Todos comemorariam. Assim, poderia fingir que era por minha causa.

Há algum tempo, deixei, ou tentei deixar, de atribuir tanta importância ao meu aniversário. Não sei se era excesso de expectativa, mas sempre acabava triste no fim do dia. As vezes, é decepcionante esperar tanto das coisas, principalmente das pessoas.

Hoje, espero dias simples. Mas confesso que ainda me desanimo quando se torna um dia comum. "O de sempre" não combina com um dia que tem mais status do que outros.

No entanto, acho que agora, no alto dos meus 22 anos, comecei a perceber a importância do aniversário. São as sutilezas. Hoje, por exemplo, foi o abraço matinal da minha mãe, coisa que nunca ocorre. O reconhecimento das minhas conquistas que meu pai esquece de demonstrar no dia a dia. As cartas que dizem coisas que eu adoro reler e aquelas que revelam o que eu nem imaginava. As demonstrações públicas de carinho. A aparição daqueles que estavam um tanto desaparecidos. A delicadeza dos presentes, sempre revela a visão dos outros sobre mim. São os detalhes. No dia do meu aniversário, os detalhes é que dão o tom de um dia especial.

O dia amanheceu nublado, mas, no fim,  não choveu. Tanto faz. Normalmente, o céu cinza me entristece. Hoje não. Amanheci feliz para um novo ano. Amanheci socessada. Amanheci com 22.

21.7.11

Só.



Eu me sinto às vezes tão frágil, queria me debruçar em alguém, em alguma coisa. Alguma segurança. Invento estorinhas para mim mesmo, o tempo todo, me conformo, me dou força. Mas a sensação de estar sozinho não me larga. Algumas paranóias, mas nada de grave. O que incomoda é esta fragilidade, essa aceitação, esse contentar-se com quase nada. Estou todo sensível, as coisas me comovem.





- Caio Fernando Abreu

19.7.11

Música livre na internet

Faz quase um mês que apresentei minha monografia (tudo isso!). Desde que comecei a fazê-la pensei em deixá-la acessível a todos. Até porque acumular conhecimento e não distribuí-lo me parece burrice. Então, aí está o resultado de meses de pesquisa.

A mono trata sobre a revolução que a internet causou no meio cultural. As novas mídias criam novas possibilidades de acesso à cultura. Para muitos artistas, é a chance de existir no mercado musical. A era dos grandes sucessos declina e dá espaço às pequenas iniciativas. A pesquisa mostra como os artistas e a indústria fonográfica se comportam diante das mudanças. O grupo multicultural O Teatro Mágico é um exemplo de iniciativa que cresceu utilizando a web como ferramenta principal. Sempre com o discurso de democratização da cultura, disponibilizam músicas gratuitamente na rede.

Se você gosta de música, gosta de internet e acredita na potencialidade desses dois elementos, vai gostar do estudo. É bem acessível. E, modéstia à parte, interessante também! Aproveite!


15.7.11

Hoje eu acordei mais cedo.

Engraçado como a vida faz as coisas com tanto cuidado.
Me tirou algo pra dar uma coisa bem melhor depois.
Eu entrei no carro e tocou Ilex Paraguariensis, do Engenheiros do Hawaii.
No meio da música, senti que minha vida estava com trilha sonora modo on.

"Já vivi tanta coisa, tenho tantas a viver
Tô no meio da estrada e nenhuma derrota vai me vencer
Hoje eu acordei livre: não devo nada a ninguém
Não há nada que me prenda"

---
- Jéssica.
Me chamaram para conversar, falaram sem falar nada, e eu já tinha entendido tudo.
Já não tinha lugar lá. Apesar disso, eu tinha planos para fora dali. A tristeza do momento virou alegria 15 minutos depois. Fui embora leve.

"Nunca me deram mole, não (melhor assim)
Não sou a fim de pactuar (sai pra lá)"


---
- Jéssica Raphaela.
Me chamou. Eu sorri. Havia umas 15 pessoas ou mais. Eram três vagas. Foi o meu nome que ele sorteou.
- Você vai ter que me aguentar agora.
Respondi que seria um prazer. Ele vai me ensinar a tocar flauta. Como isso não seria prazeroso? Felicidade veio a tona.

"Hoje eu acordei, agora eu sei viver no escuro
Até que a chama se acenda"

---

Acordei para a vida às 14 horas. E a música tocava no carro. Eu agradecia a Deus. Ele deve ter algo muito bonito para mim. Eu sinto isso.

"Se pensam que tenho as mãos vazias e frias (melhor assim)
Se pensam que as minhas mãos estão presas (surpresa)"

25.5.11

Dos erros.

Fiz tanta bobagem nesse tempo todo. Fiz tanta coisa que hoje penso que era melhor não ter feito. Foi uma época que eu fiquei sem rumo e que ao mesmo tempo tinha o céu inteiro pra conhecer.

Não soube lidar com isso, hoje assumo. Sou do tipo pé no chão. Do tipo que adora sonhar, mas que pede por um pouco de segurança pra fazer isso sem riscos de se machucar.

Conheci muita gente. Pessoas que abriram novos caminhos. Mas agora, vejo que tudo que eu queria estava lá no começo.

Eu sei que errei muito. Mas sei que fiz tudo pensando em acertar. Tudo. O medo que tantas vezes me paralisou era puro receio de errar. E talvez, meu maior erro tenha sido esse. Ou tenha sido me preocupar comigo o tempo todo, com o que eu sentia, com minha felicidade. Mas será que isso é mesmo um erro? Será que não é um pouco válido?

Sei que muitos têm motivos para sentir raiva de mim. Mas dói saber desses sentimentos. Nunca quis machucar ninguém. E é difícil ficar em paz quando alguém não está em paz com a gente.

Fiz muita bobagem nesse tempo todo. Mas fiz muita coisa boa também. Espero que isso pese mais. Não quero ser injusta com a felicidade que senti. Espero que ninguém mais seja injusto com ela.


9.5.11

Das causas.


Paz.

"Que Deus lhe dê paz de espírito", foi o que o padre me disse.
Eu digo o mesmo a você, meu bem.

7.5.11

Longe.

Aonde está você
Por que é que você foi
Não quero te esquecer
Mas já fiquei tão longe…
Tão longe…

Não dá mais pra voltar
E eu nem me despedi
Onde é que eu vim parar
Por que eu fiquei tão longe…
Tão longe…


2.5.11

Prendo o cabelo.

- Eu adoro seu cabelo preso.
- Eu sei. Por que você acha que eu prendi?

Porque só agora?

Ponho sua blusa.
Toco seu violão.
Como seu chocolate.
Lembro do seu sorriso.
Te escrevo cartas.
Penso em você o tempo todo agora.
Mas porque só agora?

Será que a hora é agora?

Mas que saudade de você!

24.4.11

Romance.

A pessoa por quem a gente se apaixona sempre é uma invenção.
- Romance -






13.4.11

Quebramos os dois

A música é em português, mas não é tão fácil entendê-la por causa do sotaque de Portugal.
Mas há alguns dias, ela estava na minha cabeça. Logo pensei, "essa música quer me dizer algo".
Acabei de ler a letra. Acabei de entender o que meu subconsciente tentava me mostrar.

Pra falar a verdade, acho que só você vai entender.



Quebramos os dois - Toranja

Era eu a convencer-te de que gostas de mim,
Tu a convenceres-te de que não é bem assim.
Era eu a mostrar-te o meu lado mais puro,
Tu a argumentares os teus inevitáveis.
Eras tu a dançares em pleno dia,
E eu encostado como quem não vê.
Eras tu a falar p'ra esconder a saudade,
E eu a esconder-me do que não se dizia.
Afinal...
Quebramos os dois, afinal.
Quebramos os dois...

Desviando os olhos por sentir a verdade,
Juravas a certeza da mentira,
Mas sem queimar de mais,
Sem querer extingir o que já se sabia.
Eu fugia do toque como do cheiro,
Por saber que era o fim da roupa vestida,
Que inventara no meio do escuro onde estava,
Por ver o desespero na cor que trazias.
Afinal...
Quebramos os dois, afinal,
Quebramos os dois...

Era eu a despir-te do que era pequeno,
Tu a puxares-me para um lado mais perto,
Onde se contam histórias que nos atam,
Ao silêncio dos lábios que nos matam.
Eras tu a ficar por não saberes partir,
E eu a rezar para que desaparecesses,
Era eu a rezar para que ficasses,
Tu a ficares enquanto saías.

Não nos tocamos enquanto saías,
Não nos tocamos enquanto saímos,
Não nos tocamos e vamos fugindo,
Porque quebramos como crianças.
Afinal...
Quebramos os dois, afinal,
Quebramos os dois...

É quase pecado que se deixa.
Quase pecado que se ignora.

8.4.11

Do amor.

Às vezes acho que eu gastei o amor.
Que o usei até o limite.

Queria me sentir como antes. Quando tudo fazia sentido.
Quando seu olhar me bastava.


5.4.11

Não sou sua.

Não quero ser responsável por sua tristeza, por sua incompletude.
Quero me ser inteira, com você do meu lado.
Não sou sua, aprendi isso na marra. Você me ensinou isso.
E ao me afastar de você, me conheci. Gostei de mim.
Quero que você goste também.
De fato, não sou sua, nem posso ser.
Mas adianto aqui, e deixo bem claro, que esse amor é seu. Esse amor doído e um pouco maltratado. Esse amor que anda capenga, mas que resiste às intempéries.
Ele é seu.
Não me cobre mais. Não cobre o que eu não posso te dar. O que já te dei antes.

Sossega seu coração, para o meu poder sossegar.

30.3.11

Enlouqueci.

Está constatado! Minha mente quer me enlouquecer.

As vontades atiradas para todos os lados. Lembranças e expectativas que se confundem. A necessidade de dizer tudo o tempo todo, de não guardar pra mim um sentimento que é direcionado a outro. A covardia por não aceitar a responsabilidade das minhas escolhas. A falta de autocontrole, de determinação. Os pequenos sinais que se tornam grandes, enormes, monstruosos... Meu Deus! Eu enlouqueci. Ou melhor, me enlouqueci. E por vontade própria, vale ressaltar!

Não tenho controle sobre mim e já adianto que não posso ser responsabilizada pelos meus atos. Tenho dito e pronto!

15.3.11

Da monografia


Estou encantada aqui. Não é amor, não é uma música, nem é o céu, que, aliás, está meio cinza hoje. Dessa vez, é minha monografia. Nunca pensei que diria isso! Hoje me forcei, de fato, a tomar umas providências pra que ela saia do mundo das idéias.

Quem me conhece sabe que sou apaixonada por música. Não como produtora, como ouvinte mesmo. Fico impressionada com as possibilidades e as sensações causadas por ela. Por isso, pra que a mono não se tornasse algo insuportável até o fim do semestre, decidi que meu tema estaria envolvido em melodias.

Música na internet, esse é o ponto. Vou analisar artistas que ultrapassam a agenda do mass media e questionam os tradicionais meios de comunicação. Pra isso, vou usar uma banda como estudo de caso. Tenho algumas opções e acabei de mandar e-mail para a que acho mais representativa. Estou com o coração na mão, toda ansiosa por resposta, porque adoro os caras e tenho muito respeito por eles. Não vou divulgar aqui por enquanto. Vai que eu recebo um não!

Vou fazer uma tag só pra posts sobre a monografia. Estou vendo que vai me causar muitas emoções. Adoro registrar essas coisas. Se vocês quiserem acompanhar o processo de produção, fiquem à vontade!

8.3.11

Amigo.

Vinícius diz:
espero que esteja feliz!

Jéssica Raphaela diz:
digo o mesmo pra vc.
beijo, amigo!

Vinícius diz
beijo, querida!

4.3.11

Eu te amo.

Amar é amendoim.
Lembra disso?
Eu sorriu ao lembrar.

2.3.11

Da vida, faço texto.

Das palavras que ouço, formo frases incompletas. Incompletas, sim. Porque, nessa vida, nada tem um fim definitivo. As frases terminam em reticências, dois pontos, interrogação, exclamação, vírgulas, ponto e vírgula, vá lá! Mas nunca em ponto final. Acreditei, muitas vezes, em um ponto final. Mas, no máximo, era um ponto que puxava uma nova frase, um novo parágrafo, um novo capítulo.

Das frases, formo orações. E neste caso, peço ajuda a Deus, pra que Ele me dê discernimento e sabedoria. Não quero incompreensões, nem falta de sentido.

Mas confesso que minha gramática é informal e, algumas vezes, incorreta. Ela dá margem a diversas interpretações. Inclusive há casos em que nem eu entendo. Por conta dos paradoxos, das incoerências.

Mas é disso que faço a vida. A minha vida. Sem borrachas, nem corretivos. Faço-me livro. E quem me lê, quem me lê a fundo, conclui que, na verdade, não pode concluir nada!

27.2.11

Quando ele foi.


Ainda fiquei lá por um tempo. Te vi indo embora sem olhar pra trás. Lembrei do beijo que você não me deu e das palavras que achei que nunca ouviria da sua boca. Das palavras que achei que nunca teria que te falar.

Eu fiquei lá por não saber pra onde ir. Fiquei pra sentir um pouco mais. Na verdade, pra sentir tudo que eu tinha pra sentir. Fiquei até entender que nossa história tinha acabado ali.

Então, eu percebi as consequencias da minha escolha e vi que já não havia volta.

Você foi, eu fiquei parada.

Foi um desses momentos que a gente nunca esquece. E pra ser sincera, sempre vai valer à pena lembrar de você, menino!

26.2.11

Ela gosta de sentir.

"Parece que eu te conheço há anos", foi o que ele disse a ela.
Ela sorriu. Era verdade.
Tudo aconteceu muito rápido, com muita intensidade. Ela ainda sente as sensações. Ainda fecha os olhos e vê o rosto dele, com aquela feição que ela tanto gosta. Ainda arrepia lembrando do toque.
Não se sabe porque se sente tão à vontade com aquele desconhecido.
Talvez seja porque ela vê nele partes do que queria ter sido. Ela se vê nele.
Como isso acontece? Isso ela não sabe.
Só sente que gosta.
E como ela gosta de sentir!

23.2.11

Das escolhas que não sei fazer.

Semana passada eu estava com uma urgência de vida. Queria que as coisas acontecessem o mais rápido possível, pra eu poder sentí-las logo. Era uma pressa, uma ansiedade. Era deitar na cama e achar que, ao fazer isso, estava perdendo tempo.
Nesta semana, a expectativa é outra: a de parar o tempo, a de fazer as coisas andarem mais devagar.

Muitas coisas aconteceram nesse último mês. Muitas coisas mesmo. Coisas inesperadas.
Joguei a moeda pra ver se era cara ou coroa, sem torcer pra nenhum lado, sem fazer aposta.
Joguei, mas até agora ela está rodando. E parece não ter pretensão nenhuma de escolher um lado.

O fato é que isso de escolher que caminho seguir pro resto da sua vida é cruel demais.
Eu sempre fui indecisa, nunca soube ao certo o que querer.
Mas dessa vez, eu quero duas coisas que não podem coexistir. Quero ser em duas situações distintas. Infelizmente, não consigo me repartir em duas.

Que responsabilidade fazer uma escolha. Nessas horas eu queria que alguém fizesse por mim. Assim, se eu me arrependesse, teria em quem colocar a culpa.

17.2.11

Pra contemplar.

Queria escrever algo. Mas a inspiração não virou palavra, virou imagem.
Foi assim a volta pra casa nesse fim de tarde:

15.2.11

Pra declarar.

Posso ter vivido relativamente pouco, mas já sei muita coisa sobre as pessoas.
Sei que tem momentos que elas são super importantes na nossa vida. Mas depois de um certo tempo, viram apenas lembrança.
São poucas as que duram.
Você é diferente delas.
Lembro de você em todas as fases da minha vida. E, sinceramente, essa é a melhor delas.

Eu também sou apaixonada por você, flor!

Acordei com vontade de me declarar pra alguém. Daí vi essa foto e meu coração se encheu de amor.

Obrigada por esse sentimento bom!

14.2.11

Honestidade.

A única coisa que realmente importa é ser honesta comigo mesma, não me desapontar.
Mas ser honesta comigo, muitas vezes, inclui não ser totalmente sincera com os outros.
E está aí um problema difícil de resolver!

12.2.11

Reflexões de Miguel.

- Eu nasci antes da Raphaelinha.
- Hm.. você é o irmão mais velho, né?!
- Não. Eu sou novo ainda!

Bom demais esse raciocínio de criança.
Ainda mais num sábado de manhã!

10.2.11

Desejo de ficar.

E foi assim que ele falou:


"Foi você me olhar de lado e eu ao lado doido para confessar
Mesmo quando a boca cala o corpo quer falar
Esses gestos incompletos, olhos tão repletos de te desejar
O direito de ir e vir, o desejo de ficar
Tudo isso pra dizer que eu não sei dizer onde é que isso vai dar
Que eu não mando no querer, aliás, é o querer que quer me governar
Hoje eu vivo pra dizer, eu digo pra viver, você é meu lugar
Se o amor não nos quiser, então azar do amor, não soube nos amar.."


E foi assim que eu me apaixonei, mais uma vez!








*Para variar, música Mesmo Quando a Boca Cala, do 5 a Seco.

9.2.11

Nossa música.

O querer dos dois estava sempre em harmonia. A frequência era a mesma e os timbres combinavam perfeitamente. Quem ouvia não podia imaginar um som sem o outro.
Mas de uma hora pra outra, um mudou o tom. A música desafinou.
Agora, cada um toca uma canção diferente. Ora triste, ora alegre. Em novos ritmos. Mas volta e meia os tons se esbarram.

Quem sabe eles não entram em sintonia novamente... pra tocar aquela música que poucos tem o privilégio de tocar em par.

6.2.11

Faça desse drama


"Faça desse drama sua hora
Faça disso a hora de recomeçar
Para conviver com a dor
Para a dor também saber passar
Se já passou, dê sorriso à cara
E vá embora"






2.2.11

Drama repetido.

Cansei das histórias repetidas.
Cansei de pensar porque você não me escolheu pra ser sua.
A vida surpreende até quando repete o mesmo drama.
Quanta falta de criatividade.

1.2.11

Banho no escuro.

Apaguei a luz e entrei no chuveiro.
De início, senti medo do escuro.
Mas precisava não enxergar.
Um sentido a menos faria eu me sentir mais.
Me sentindo mais, sentiria menos você.

31.1.11

Mentira.



Me convenço o dia inteiro de que está tudo bem.
No final, percebo como fui mentirosa.

29.1.11

Clarisseando

"Imaginei você aqui e fiquei pensando vários minutos,
e só nisso tive alegria"
Clarisse Lispector


A Clarisse sempre me surpreende com as frases dela.
Dessa vez ela me disse exatamente o que quero dizer pra você.
Saber da sua existência já me deixa tranquila.
Isso de ser para o outro motivo de felicidade...


Eu não sei mais de nós.


"Não espere eu ir embora para sentir minha falta".
É a Clarisse falando de novo!

7.1.11

Preciso dizer que eu te amo

Você já está dormindo e me deu vontade de te dizer umas coisas.
Pra não te acordar, vou colocar aqui.
Depois você pode ver, ouvir, sentir tudo que eu queria sussurrar no seu ouvido agora.
Corro o risco de ser clichê, mas nem me importo.
Ele tem as palavras certas, na ordem perfeita.
Então, que seja!


Preciso dizer que eu te amo - Cazuza

Quando a gente conversa
Contando casos, besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos
E eu não sei que hora dizer
Me dá um medo, que medo

É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É, eu preciso dizer que eu te amo tanto

E até o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado
Você me chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo
E nessa novela eu não quero
Ser teu amigo

Eu já nem sei se eu tô misturando
Eu perco o sono
Lembrando em cada riso teu
Qualquer bandeira
Fechando e abrindo a geladeira
A noite inteira

Eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É, eu preciso dizer que eu te amo tanto