30.9.11


Pra cima.


Olhei para cima sem intenção de ver nada. Lembro de suspirar um suspiro tenso, de quem sabe que ainda tem muito o que aguentar.
Olhei para cima e vi um buraco no teto. Foi como se eu caísse pro alto.
A sensação não foi boa. Saí machucada da queda. Infelizmente, não caí em núvens.

28.9.11


Atrás da porta

Ás vezes, algumas músicas que não ouço há tempos surgem na minha mente.
No meio da tristeza que vivo, as ouço. E dói. E choro.
Dizem tudo sobre mim.

Hoje foi a vez de "Atrás da porta", do Chico, mas na voz da Elis.
Procurei a letra no Google.
Quando terminei de ler "só para mostrar que ainda sou tua", o frio na alma. A sensação do desespero.

Não sou sua guria. Não quero ser nada que não o seu amor.





Tem horas que eu me odeio sem você por perto.

27.9.11

Mariposa.

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Essa vida é muito imprevisível.
Fui dobrar as roupas que minha mãe tirou do varal. Peguei uma blusa e quando a sacudi saiu uma mariposa. Ela ficou alguns minutos no chão parada e finalmente foi em direção à porta, queria a liberdade de novo. Quando chegou na área de serviço, veio um pássaro e... nhac. Já era a mariposa. Coitada.
Imprevisível mesmo essa vida!

26.9.11

Rilke escreve pra mim.

O Rilke escreve pro Pedro:

"O senhor é tão jovem, tem diante de si todo começo, e eu gostaria de te pedir da melhor maneira que posso, meu caro, para ter paciência em relação a tudo que não está resolvido em seu coração".

Então, eu chorei.
Acho que, na verdade, o Rilke escreve isso pra mim.

Chuva.

Claro que choveu.
É o mundo chorando nós dois.

23.9.11

Desejo.

Tenha bons sonhos, sempre.

19.9.11

Eles sabem.


- Eles sabem como eu amo os seus lábios -
                                                                     Nando Reis

17.9.11

Frio.

Não se preocupe com o frio que sinto por fora.
É o frio interno que você deveria aquecer.

16.9.11

Da morte pra vida.

Lembro de pensar que aquilo que eu estava fazendo era suicídio.
Lembro da voz na minha cabeça: "Eu estou me matando. Mas é pra viver de novo"
Viver o novo.
Não vivi.
Às vezes ainda tenho a sensação de estar morrendo aos poucos.

14.9.11

Agora.


A casa vazia. O pensamento cheio. O espaço sonoro tomado por um violino feroz. Eu sozinha. A casa bagunçada. O som do silêncio. A paz que não tenho. Os movimentos do corpo. A alegria inesperada. O calor de sempre. O medo da solidão. A vontade do conforto. A vontade do desconforto. A tristeza súbita. A saudade alta. O descontentamento. A força abalada. Os pensamentos em texto. Os sentimentos no peito. O som do violino. A casa vazia.


9.9.11

Escrevi pra você. Depois de tanto tempo.


Quando você diz que sim, te amo logo de cara.
O seu olhar é claro. Ilumina meus pensamentos, que há pouco andavam no escuro.
É difícil rememorar. As lembranças se misturam nos anos que decorrem. Tantos anos. Tanto tempo. Tanto de nós nesse mundo enorme que é nosso.

Você diz sim e eu coloco o vestido que você tanto gosta. Sei que gosta de qualquer um, desde que minhas pernas fiquem de fora. Desde que deixe evidente a tal sensualidade que você insiste em dizer que tenho e eu insisto em dizer que é puro engano seu. Puro engano de olhos apaixonados.

Ai, seu olhar em mim! É incrível a sensação de se sentir especial para alguém. Os seus olhos me fazem sentir assim. Isso me alimenta a alma.

Mas com você aí longe, com seu olhar distante de mim, fico com o espírito faminto. A fraqueza ataca. O corpo não responde. Nosso enorme mundo fica pequeno pequeno.
Fico sem seu sim.
Você fica sem mim.

A única coisa que fica grande é a saudade. Essa parece que recebeu fermento na receita.

7.9.11

Balões.

Ta aí uma coisa que eu achei bonita.
Fiquei rindo sozinha no carro, igual criança.
Gosto das coisas que me fazem sentir assim!


6.9.11

Das palavras que não saem.


Estou com um monte de palavras presas na garganta.
Mas elas não se manifestam.
Só me sufocam.

5.9.11

Das cartas no lixo.


Ainda acho que cartas de amor nunca deveriam acabar no lixo.
É um pedaço de quem escreve e um pedaço de quem recebe que vai embora.
A falta do pedaço deixa exposto tudo que dói.
E como dói.