11.1.12

Definição.

"Raphaela, (...) a gentileza em pessoa, e o desespero também".

Me definiu. Eu concordei.

9.1.12

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Quando o corpo padece.


Quando ela pensa que tudo vai dar certo, a vida desanda. As lágrimas já estavam a espreita no exato momento do sorriso fresco. O mundo dá voltas. Ela não consegue se mexer. Projeta a mente. Projeta a alma. O corpo, por sua vez, padece.

É na tristeza. É ao lamento que ela pertence. Não há saída. Desiste, menina!

3.1.12

Eu e a solidão.

Sempre tive um pedaço de solidão em mim. Um pedaço que às vezes é bem farto. Em todas as ocasiões.

Estou no meio da multidão, braços cruzados, boca fechada, sorriso acanhado. Me esforço por espaço, pra mim e pra ela, a solidão.

Estou com os amigos, sorriso sincero, voz abafada, mal estar, fico deitada. Me abraça, a solidão.

Estou em casa, portas fechadas, música alta, vozes lá fora, lágrimas aqui dentro. Seca meu rosto, a solidão.

Eu no cinema, eu no meu carro, eu de mãos dadas.

É sempre ela, a solidão, que me ampara. Debocha de mim dizendo: "olha você sozinha de novo". Me prova que, no fim das contas, estamos só eu e ela, pois os outros não se importam mesmo.

Me faz companhia, que contradição. A única que não me abandona: a solidão.